Segundo a Profª.drª. Nídia Limeira de Sá, “Os surdos constituem grupos sociais que têm interesses, objetivos, lutas e direitos em comum, mas, sendo um grupo social, como outro qualquer, dentro de sua própria configuração, acontecem tensões semelhantemente verificadas em outros grupos". Trabalho na área da educação há dezoito anos e nesse tempo nunca trabalhei com um aluno surdo e também não convivo com uma pessoa surda. Este vem a ser o primeiro contato efetivo que estou tendo com Libras. Na aula presencial já percebi que cometia um engano ao utilizar o termo “linguagem brasileira de sinais” e o correto é língua, ficava também sem jeito ao dizer “surdo”, sempre me referi a eles como deficientes auditivos, agora entendo que esse termo é criticado, pois ele fica visto como portador de uma patologia localizada, uma deficiência que precisa ser tratada.
Para conversar com uma pessoa surda entendo agora que é preciso olhar diretamente nos seus olhos, evitando estar de lado ou de costas para que ele possa fazer a visualização dos lábios, falar de maneira clara, com ritmo e tom de voz normais, não basta apenas conhecer o alfabeto manual, é preciso observar os sinais como a combinação do movimento das mãos com um determinado formato num determinado lugar, podendo este lugar, ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Trabalhando com projetos
O trabalho por Projetos pode trazer muitos aspectos positivos assim como desafiadores, principalmente em relação a autoria. Esse tipo de trabalho não mais depende do professor ou de conhecimentos adquiridos por outras pessoas e listados em livros. Para trabalhar por Projetos o professor terá muito mais trabalho, pois suas aulas terão que ser mais dinâmicas, flexíveis e os conteúdos escolares mais abertos, onde a interdisciplinaridade se faça presente, exigindo um corpo docente bem comprometido e sintonizado. A forma de construir e apresentar os projetos vai exigir também um aluno mais autônomo, que busca suas informações e também utiliza suas vivências na construção de novos conhecimentos. O respeito ao trabalho dos colegas e o seu ponto de vista serão de extrema importância e deverão fazer parte do trabalho.
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Didática,
Planejamento e Avaliação
Jovens e adultos, sujeitos da aprendizagem
Ao analisarmos os jovens e adultos como sujeitos da aprendizagem precisamos observar alguns conceitos importantes. Basicamente, esses alunos não são apenas “não crianças” e sim adultos ou jovens com uma caminhada em relação à aprendizagem independente ou não da cultura escolar. Este aluno traz consigo algumas peculiaridades comuns a sua maioria, são provenientes de zona rural que vem para a cidade em busca de trabalho e melhores condições de vida, são filhos de pais pobres e trabalhadores pouco qualificados. O aluno jovem, está inserido em uma vivência mais urbana, normalmente está envolvido em atividades de trabalho e lazer mais relacionados com a sociedade letrada, escolarizada.
Estes alunos encontram muitas dificuldades em sala de aula e no cotidiano de suas vidas. Ele já está inserido no mercado de trabalho e das relações pessoais de um modo diferente das crianças e dos adolescentes. Traz consigo uma história de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas. Isso faz com que ele traga diferentes habilidades ou dificuldades e maior capacidade de reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem.
Cabe a escola perceber que se seu currículo não estiver incluindo seus sujeitos da aprendizagem ele não terá valor. A escola voltada para a formação de jovens e adultos precisa levar em conta que encontra um ambiente de confronto cultural muito rico em singularidades e deve valorizar o que esse aluno já tem uma bagagem cultural. É preciso que eles se encontrem dentro dos textos, das falas, das narrativas, para que aprendizagens tenham sentido que façam parte de suas vidas. Pois como disse o mestre Paulo Freire:
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre.”
Estes alunos encontram muitas dificuldades em sala de aula e no cotidiano de suas vidas. Ele já está inserido no mercado de trabalho e das relações pessoais de um modo diferente das crianças e dos adolescentes. Traz consigo uma história de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas. Isso faz com que ele traga diferentes habilidades ou dificuldades e maior capacidade de reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem.
Cabe a escola perceber que se seu currículo não estiver incluindo seus sujeitos da aprendizagem ele não terá valor. A escola voltada para a formação de jovens e adultos precisa levar em conta que encontra um ambiente de confronto cultural muito rico em singularidades e deve valorizar o que esse aluno já tem uma bagagem cultural. É preciso que eles se encontrem dentro dos textos, das falas, das narrativas, para que aprendizagens tenham sentido que façam parte de suas vidas. Pois como disse o mestre Paulo Freire:
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre.”
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