domingo, 20 de dezembro de 2009

O modelo Freireano de alfabetização emancipadora


Paulo Freire desde seus primeiros escritos sempre se preocupou com o tema alfabetização como projeto político emancipador desenvolvendo o conteúdo de suas idéias dentro de uma pedagogia concreta e prática. Dessa forma a alfabetização não pode ser meramente uma habilidade técnica a ser adquirida e sim como um fundamento necessário à ação cultural para a liberdade. Assim, homens e mulheres afirmam seu direito e responsabilidade não apenas de ler, compreender e transformar suas experiências, mas, de reconstruir sua relação com a sociedade mais ampla. O tema alfabetização e poder não começa e termina com o processo de aprender a ler e escrever criticamente, mas com o fato da existência de cada um como parte de uma prática historicamente construída no interior de relações especificas do poder. Para Freire, a alfabetização é parte do processo pelo qual alguém se torna autocrítico, e ao nomear a própria experiência o aluno é capaz de ler o mundo e compreender a natureza política dos limites bem como das possibilidades que caracterizam a sociedade mais ampla. Segundo ele, a linguagem e o poder estão entrelaçados e proporcionam uma dimensão fundamental da ação humana e da transformação social.

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