Esta semana posso dizer que foi muito produtiva. Tivemos aprendizagens bem significativas!
Digo, tivemos, pois tenho aprendido muito com o 5º ano B. Começamos a semana refletindo sobre uma frase de Bob Marley:
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos,haverá guerra”.
Comecei a semana pedindo que os alunos dessem sua opinião sobre a frase e mais uma vez me surpreendi com sua capacidade de assimilação e entendimento da proposta de trabalho que estamos desenvolvendo. Ao trabalhar com a turma sobre o respeito à diversidade sinto que estão germinando as primeiras semntes. Estão conseguindo entender que acima de tudo, de qualquer diferença de opinião, sexo, etnia, pertencemos a uma única raça a humana...
Falamos também sobre um problema muito grave: o Bullying que infelizmente está trazendo consequências irreversíveis aos nossos jovens. Ao contrário do que eu imaginava, pensei que meus alunos tinham apenas curiosidade sobre o assunto. Quando falaram do menino vítima de bullying que foi assassinado em POA, os alunos falaram de situações muito graves que acontecem todo o dia na escola e puderam identificarar ações em que foram vítimas ou autores de bullying. O diálogo e a clareza no tema foram fundamentais para concientização de que estas práticas devem ser abolidas de nossa sociedade. "Como professor preciso me mover com clareza na minha prática. Preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática, o que me pode tornar mais seguro no meu próprio desempenho." Pedagogia da autonomia, Saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire, 25ª edição, página 28. Paz e Terra Coleção Leitura.
Esta foi uma semana que me senti mais segura de que estou no caminho certo com minhas práticas e tenho certeza que precisamos conversar muito ainda para que tais situações possam ser abolidas entre nós.
domingo, 23 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Trabalhando com filmes
Esta semana pude ver o quanto está rendendo bons frutos o projeto que estou realizando com meu 5º ano. Estamos trabalhando o tema África e dentro do dele aboradamos diversos assuntos. Há alguns dias atrás assistimos o filme "Kiriku e a feiticeira" e nesta semana assistimos "Kiriku e os animais da floresta".
Os dois filmes trazem de maneira muito especial a trajetória do menino kiriku. As paisagens africanas que se vêem no filme são bem originais, assim como os traços dos personagens, suas roupas e objetos.
Trata-se de um garotinho africano que já nasceu falando e apesar de bem pequenino, o precoce Kiriku é muito inteligente e nunca se deixa abater pelas dificuldades da vida, por maiores que elas possam parecer.
No primeiro filme, ele salva sua aldeia da terrível bruxa Karabá. A saga prossegue no segundo filme onde Karaba ainda quer destruir a aldeia do pequeno africano, lançando sobre ela as mais diferentes pragas, feitiços e maldições. Porém o pequeno menino, com muito alto astral, inteligência tira tudo de letra.
Estas histórias mesmo simples fizeram a turma refletir bastante, principalmente na maneira de enfrentar as dificuldades da vida.
Os dois filmes trazem de maneira muito especial a trajetória do menino kiriku. As paisagens africanas que se vêem no filme são bem originais, assim como os traços dos personagens, suas roupas e objetos.
Trata-se de um garotinho africano que já nasceu falando e apesar de bem pequenino, o precoce Kiriku é muito inteligente e nunca se deixa abater pelas dificuldades da vida, por maiores que elas possam parecer.
No primeiro filme, ele salva sua aldeia da terrível bruxa Karabá. A saga prossegue no segundo filme onde Karaba ainda quer destruir a aldeia do pequeno africano, lançando sobre ela as mais diferentes pragas, feitiços e maldições. Porém o pequeno menino, com muito alto astral, inteligência tira tudo de letra.
Estas histórias mesmo simples fizeram a turma refletir bastante, principalmente na maneira de enfrentar as dificuldades da vida.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Aprendizagens sobre as famílias
Nesta semana a escola Salgado Filho esteve envolvida em uma gincana com o tema Família.
Inicialmente questionei o porquê da escola "Ter" que trabalhar o mesmo tema ao mesmo tempo. A justificativa que recebi foi a de que a escola não comemora dia das mães ou dos pais e sim a a semana da família, já que 30 % dos alunos não tem ou não mora com sua mãe.
Então pensei como iria trabalhar este assunto dentro do tema África?
Fui pesquisar um pouco e encontrei muitas curiosidades sobre as famílias africanas que puderam fazer parte do nosso trabalho, os alunos gostaram de conhecer outras realidades familiares, confrontar com a sua e atentaram principalmente com o fato do africanos a valorizarem os saberes de seus idosos.
Um aluno encontrou na web uma frase e trouxe para compartilhar com seus colegas. "Cada vez que morre um africano idoso é como se queimasse uma biblioteca"
Aproveitei o "gancho" e questionei a turma a respeito de como nós tratamos os idosos em nossa sociedade. Foi um trabalho muito bom, onde os alunos além de conhecer outras realidades familiares puderam refletir sobre a sua.
Tudo isso me fez lembrar de uma frase de Paulo Freire que diz "A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir."
Dentro desse trabalho pude sentir o compromisso assumido pela turma em valorizar os saberes de suas famílias e dos idosos, a partir de seus comentários, demonstrando boa capacidade de reflexão.
Inicialmente questionei o porquê da escola "Ter" que trabalhar o mesmo tema ao mesmo tempo. A justificativa que recebi foi a de que a escola não comemora dia das mães ou dos pais e sim a a semana da família, já que 30 % dos alunos não tem ou não mora com sua mãe.
Então pensei como iria trabalhar este assunto dentro do tema África?
Fui pesquisar um pouco e encontrei muitas curiosidades sobre as famílias africanas que puderam fazer parte do nosso trabalho, os alunos gostaram de conhecer outras realidades familiares, confrontar com a sua e atentaram principalmente com o fato do africanos a valorizarem os saberes de seus idosos.
Um aluno encontrou na web uma frase e trouxe para compartilhar com seus colegas. "Cada vez que morre um africano idoso é como se queimasse uma biblioteca"
Aproveitei o "gancho" e questionei a turma a respeito de como nós tratamos os idosos em nossa sociedade. Foi um trabalho muito bom, onde os alunos além de conhecer outras realidades familiares puderam refletir sobre a sua.
Tudo isso me fez lembrar de uma frase de Paulo Freire que diz "A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir."
Dentro desse trabalho pude sentir o compromisso assumido pela turma em valorizar os saberes de suas famílias e dos idosos, a partir de seus comentários, demonstrando boa capacidade de reflexão.
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segunda-feira, 3 de maio de 2010
Reflexões da semana (26 a 30 de abril)
Estou gostando muito de trabalhar o continente africano com minha turma. O interessante desse tipo de trabalho com acesso a internet é a riqueza de material , o acervo é infinito. Ficamos até meio perdidos no meio de tanta informação. Nessa semana, os alunos foram ao laboratório de informática pesquisar sobre os países africanos que falam português. Pedi a eles que procurassem mais ou menos os mesmos assuntos de cada país para depois poder fazer um comparativo entre eles. (População,educação, política, saúde...) Em meio a pesquisa os grupos começaram a reclamar que não estavam encontrando dados sobre saúde e educação. Questionei a turma então qual seria o motivo de não estarem encontrando muitas informações sobre tais assuntos. Alguns não conseguiram entender mas alguém da turma disse "acho que eles não querem mostrar a realidade professora!"
Fiquei cheia de orgulho com esta resposta, sinal de que eles estão começando a enxergar além...
O tipo de trabalho que estamos desenvolvendo proporciona um outro olhar ao educando. Quem sabe se eu tivesse feito um texto comparativo sobre tais países e levado para sala de aula, meus alunos, ou até eu mesma nem teria percebido isso?
Fiquei cheia de orgulho com esta resposta, sinal de que eles estão começando a enxergar além...
O tipo de trabalho que estamos desenvolvendo proporciona um outro olhar ao educando. Quem sabe se eu tivesse feito um texto comparativo sobre tais países e levado para sala de aula, meus alunos, ou até eu mesma nem teria percebido isso?
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