sábado, 25 de abril de 2009

Estádios do desenvolvimento

Cada estádio do desenvolvimento segundo Piaget, é definido por diferentes formas do pensamento. Os estádios do desenvolvimento cognitivo são seqüenciais. A velocidade deste desenvolvimento varia de um sujeito para outro, assim como o meio social que está inserido também pode ser motivo de aceleração ou retardação do aparecimento destes. Porém, a ordem de sucessão dos estágios não muda. O que nos diz então qual o período do desenvolvimento que o sujeito se encontra será relação com o objeto do conhecimento como lida com os problemas e não a idade. Principais características dos estádios:
Estádio sensório-motor (0 a 2 anos) A partir dos primeiros reflexos do recém-nascido se constrói a interação com o meio. A partir destas interações os reflexos vão se modificando e entre 18 e 24 meses inicia-se a capacidade de representação da realidade. A inteligência sensório-motora é essencialmente prática e perdura até o aparecimento da linguagem. No final deste estádio surge a capacidade representação mental e de simbolização. A inteligência centrada na ação dá lugar ao pensamento.
Estádio pré-operatório (2 a 7 anos) Este estádio é marcado pelo egocentrismo. A criança acha que o mundo foi criado para si e não consegue perceber o ponto de vista do outro ou lidar com idéias diferentes das suas. Ela atribui a objetos e outros seres vivos emoções e comportamentos próprios do ser humano. Outro aspecto central do pensamento pré-operatório é a irreversibilidade do pensamento, a criança ainda não consegue efetuar operações mentais.
Estádio operatório-formal (7 a 12 anos)
Neste período são construídas as operações lógicas de classificação e seriação, conservações físicas de substância, peso e volume conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial e conceito de número. Nesta fase a criança já tem capacidade de realizar operações mentais, e aceita a idéia de reversibilidade.
Estádio das operações concretas (12 a 16 anos)
Neste estádio o indivíduo tem capacidade de realizar operações mentais, pois compreende que existem ações reversíveis (percebe que é possível transformar o estado de um objeto, sem que todo o objeto mude, e depois reverter esta transformação, voltando ao estado inicial);
Ele compreende a existência de conceitos - características que não variam em função das mudanças dos objetos, mas que existem para além deles e podem ser aplicados a muitas outras situações para além daquela associação que foi primeiramente apresentada
Já não se baseia na percepção imediata e começa a compreender a existência de características que se conservam, independentemente da sua aparência: adquire assim a noção de conservação da matéria sólida.

domingo, 19 de abril de 2009

Educação inclusiva


Desde 1988, a Constituição Federal garante um sistema educacional especializado para a formação dos alunos com deficiência. Contudo, sabemos que a escola enfrenta muitas dificuldades para incluir verdadeiramente esses alunos. Incluir não é somente proporcionar à criança um espaço na sala de aula, e sim propor atividades capazes de promover seu desenvolvimento e remover as barreiras a seu acesso e participação na aprendizagem e na sociedade.
O ato de incluir em sala de aula exige do professor a modificação de atitudes e organização de metodologias de trabalho em conjunto com a equipe de apoio na escola (orientadora, coordenadora, colegas).
"Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra a exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou para os indivíduos. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, através da elaboração de pensamentos e formulação de juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida."
Referências Bibliográficas:
CARVALHO, Rosita Edler. (2000) Removendo Barreiras para a Aprendizagem. Porto Alegre, Mediação.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Diga não ao preconceito


Na escola, assim como em outros ambientes ocorrem diariamente situações de discriminação. Essa discriminação pode ser de diferentes origens: etnia, origem, gênero, classe social. O professor precisa estar atento a estas manifestações para identificar e combater estas atitudes.
A escola deve estimular seus alunos a identificar atitudes de discriminação em piadas, novelas discutindo o porquê dessas atitudes. A escola é um espaço de muita diversidade e nada melhor que utilizar as vivências diárias, para ajudar a combater o preconceito.

domingo, 5 de abril de 2009

Identificando epistemologias

Podemos afirmar que existem três diferentes formas de representar a relação ensino/aprendizagem: a pedagogia diretiva, a pedagogia não-diretiva e a pedagogia relacional.
Na pedagogia diretiva, com a qual boa parte da minha geração foi alfabetizada, a relação professor aluno era bem diferente da atual. Este professor acredita que o conhecimento pode ser transmitido ao aluno. Para ele, o indivíduo ao nascer, nada possui de conhecimentos, sendo uma tábula rasa. Seu conhecimento e sua estrutura têm procedência do seu meio físico e social. Somente o professor, em seu pensamento pode produzir algum novo conhecimento neste aluno.
Já a pedagogia não-diretiva esta muito presente embora nem sempre seja fácil detectá-la. Nesse caso, o professor auto denomina-se como facilitador. Segundo ele, este aluno já traz algum saber, que precisa apenas ser organizado, trazido a consciência ou ainda recheado, sendo assim como ele interfere muito pouco. A epistemologia que fundamenta esta postura pedagógica é a apriorista. Este professor renuncia a intervenção no processo de aprendizagem do aluno e a não aprendizagem do aluno e explicada como déficit herdado.
Já o professor que age segundo o modelo pedagógico relacional, percebe seu aluno como um ser pensante, que traz consigo uma história de conhecimento já percorrida e uma herança biológica. Este professor acredita que o aluno é capaz de aprender sempre. Já dizia Piaget, que o conhecimento tem início quando o recém-nascido age assimilando alguma coisa do meio físico ou social. Sendo assim, a aprendizagem é construção, ação e tomada de consciência da coordenação das ações. Este professor, alem de ensinar, passa a aprender, assim como o aluno passa a ensinar, e juntos buscam novas perguntas e respostas, novos conhecimentos. Desta sala de aula, certamente sairão sujeitos questionadores, pensantes, críticos, que agem individual e coletivamente e certamente serão agentes de transformação social, agentes da própria história.